torsdag 23 juli 2009

Det var jätteskönt på Öland!

Cheguei de volta a Estocolmo ontem por volta das onze da noite. Lá até tinha internet, mas eu nem usei nenhum dia (obviamente :) então só estou dando notícia agora.

-x-

Do princípio: Depois da aula de sueco fui almoçar e depois peregrinei um pouco pela cidade pra comprar uma maquininha daquelas de aparar a barba (já tava incomodando de grande! :P). Provavelmente não foi lá a melhor compra do mundo, mas tava com uma certa pressa pois ia encontrar a Ann-Marie para ir ao festival e queria aparar a barba antes de ir à praia, daí achei a mais barata no catálogo da Clas Ohlson que a Ann-Marie me deu e fui direto na loja do Gallerian. Lá eu não tava encontrando a tal da maquininha e a vendedora insistia que tinha que ter sete delas na estante, até que ela foi ela mesma lá procurar e viu que não tinha nenhuma. Daí ela disse que devia estar com algum problema no sistema ou então estas sete unidades estariam no estoque e por algum motivo ela disse que eu não conseguiria que buscassem na hora. Solução? Ir pra outra Clas Ohlson! Vi nos endereços das lojas que tinha uma lá pras bandas onde mora a Ann-Marie, liguei pra ela e perguntei como chegar lá e combinei de encontrá-la no prédio dela quando eu saísse da loja. Peguei pela primeira vez o trem aqui em Estocolmo, que pelo visto é bem pior que o metrô. Não segue tão bem os horários e não tem muita sinalização. Resultado? Cheguei na loja, achei, paguei, saí, fui pra plataforma, o trem tava lá parado me esperando, que sorte! :D Ledo engano, o trem estava indo pro lado errado... hahaha desci na próxima estação e liguei pra avisar que iria me atrasar meia-hora. É, os trens só passam a cada meia-hora. Enfim, no final foi bom porque foi just-in-time pra pegar a ferry, que é o meio de transporte favprito da Ann-Marie, pra Östermalms, do lado de Skeppsholm onde foi o festival. E de fato foi muito mais agradável o passeio pela orla de Djurgården do que poderia ser pegar o ônibus ou o metrô, principalmente dado que quinta-feira foi um belo dia ensolarado :)

-x-

Finalmente o STHLM JAZZ FEST. Que foi muito bom por sinal! Chegando lá, assistimos ao show do McCoy Tyner (ótimo!) e encontramos a Deise. Depois fomos pro show do Magnus e nos perdemos da Deise. O show do Magnus foi muito bom também, e foi legal que o público ficou bem animado com o ritmo da batucada :)

Depois do show reencontramos a Deise e a Ann-Marie foi assistir a um outro show enquanto a Deise foi me apresentar pro povo. Cada um que passava que ela conhecia ela parava e me apresentava hehehe. Curioso que teve um cara (que eu não lembro quem era :S) que até mandou um "Ahh! Você é o filho do Nelson que tá vindo estudar, ouvi falar de você!" ahuhuahua. O Magnus tava dando autógrafos e entramos na fila pra falar com ele, daí a Deise me apresentou a ele e pediu pra ele autografar meu livro de sueco pra dar sorte :P

Bom, ficamos de papo ouvindo meio de longe o show (que estava bom, por sinal) até a hora do do Mike Stern tocar, que foi certamente o ponto alto da noite do festival! Foi muito bom o show! Foi numa formação de quarteto (guitarra, sax-Bob Franceschini, baixo-Tom Kennedy e bateria-Dave Weckl) e todos quebraram tudo :D
Depois deste show, pra fechar a noite do festival, teve uma banda americana (cujo nome eu não me lembro) só tocando standards e clássicos do jazz. Depois, dei um pulo ainda no Fasching com a Deise, o Magnus e o pessoal que estava com eles. Lá é um clube de jazz onde estavam rolando umas jams pós-festival. Estava legal, mas fui embora cedo pra acordar no dia seguinte a tempo de pegar o ônibus pra Oskarshamn.

-x-

Eu queria ter dormido na viagem, mas acabei nem dormindo porque o ônibus tinha mil paradas e a minha não era a última, então eu tinha que ficar meio que prestando atenção pra saltar na cidade certa, hehehe. Chegando em Oskarshamn, a Hanna estava me esperando no "ponto" do ônibus, foi bem legal reencontrá-la depois de tanto tempo! Batemos um papo (em sueco!), almoçamos e fomos para a casa dela buscar o Oliver, o gato dela que foi passar o fim-de-semana em Öland também :) De Oskarshamn poderíamos ter pegado a ferry pra Öland e provavelmente seria até uma viagem mais curta, mas a ferry não é tão frequente e também a Hanna queria ficar com os horários mais livres pra ficar lá o máximo possível, então fomos de carro ouvindo um disco do Michael Jackson, batendo papo (quando possível em sueco! hahah), e ela foi me contando sobre Öland e mostrando a paisagem com os típicos moinhos de vento. Chegando lá encontramos o resto do povo que já estava por lá desde o início do verão: Björn (amigo do meu pai), Nini (esposa dele), Tobias (filho dele e irmão da Hanna), Olle (sobrinho do Björn), Josse (namorada do Olle), Ylva (sobrinha do Björn), Adrian (filho da Ylva), Viktor (outro filho da Ylva) e, last but not least, Zizi Possi, a cadela. Foi muito legal rever o Björn, a Nini, o Tobias e a Hanna, que eu já tinha conhecido no Brasil e foi muito bom também conhecer o resto da família Vickhoff, que foi extremamente receptiva e acolhedora :)

Apesar de buscar sempre que possível usar o sueco, acabou que falamos muito em inglês mesmo por motivos práticos hehehe, mas uma coisa boa de ter crianças por perto é que elas não falam contigo em inglês e você tem que se virar. Na prática eu só falava mesmo com o Adrian, que tem 4 anos, porque com o Viktor ainda não dava pra manter um diálogo muito consistente (ele tem 1 aninho), apesar de que ele entende melhor sueco do que eu! Hahaha :P Toda noite o Adrian pedia pra alguém ler uma história pra ele, e um dia eu assumi a responsabilidade. O melhor é que não só eu não entendia completamente a história como ele também volta e meia corrigia minha pronúncia, heheheheh :P

Um pouco sobre a casa... Ela foi a segunda casa construída na praia de Byrum e, se não me engano, é esta apontada no mapa!


Visa större karta

O pai do Björn construiu a casa na década de 40 e acredito que foram poucas as modifições desde então. A casa tem um único ponto de água, que é na pia da cozinha e, exatamente do outro lado da parede, do lado de fora, sem proteção ou cobertura, o chuveiro. O banheiro é uma casinha afastada uns vinte metros e funciona à moda antiga! Mas tirando o fato de a casa não ter um banheiro moderno, ela é bem aconchegante :) Muita vegetação no entorno, de frente pra praia... e a água fria mas boa, não pior do que Cabo Frio por exemplo :P Quebra é se o dia não tá tão quente, porque lá venta muito ("Sol, vind och vatten!"), aí fica difícil dar conta de mergulhar :P Aproveitando que mencionei o vento, como lá venta muito é comum ver na paisagem antigos moinhos de vento e, no mar, gente velejando e praticando windsurf. O Björn mesmo tem uma prancha e todo dia dizia: "Hoje o vento está ótimo pra windsurf, mas não pra iniciantes.". Até que finalmente no último dia o vento tava mais tranquilo e ele foi me ensinar a surfar naquilo :D Ele me passou a técnica básica na areia, deu uma voltinha na água pra eu ver e depois me deixou no mar lá tentando :P Só subir na prancha e ficar em pé foi fácil, a prancha era bem larga e estável, ótima pra iniciantes. O segundo passo, botar a vela de pé e se equilibrar segurando a vela. Bom, aí fica um pouco mais difícil... demorei um tempinho até conseguir fazer isso hehehehe. Próximo passo: de fato andar pra diante ao invés de simplesmente ser carregado devolta pra areia pelas ondas. Hmm, isso envolve mudar ligeiramente de posição e girar a vela pra pegar o vento. Depois de várias tentativas, finalmente consegui botar pra andar. Porém vagarosamente. Nesse ponto as pessoas em volta começaram a se interessar na minha aventura e interagir comigo. A princípio só um "Bra!" quando eu conseguia fazer tudo mais ou menos certo e tal, mas depois, quando eu não tava mais progredindo, o povo começou a chegar mais e dar dicas, explicações e tal. Daí consegui pegar mais velocidade e controlar mais a direção. Depois de algumas tentativas bem-sucedidas, decidi partir pro último - e mais difícil - passo das instruções do Björn: manobrar a prancha pra dar a volta e seguir na direção contrária, voltando para a praia. Conseguir fazer isso seria bem interessante, já que até agora eu não tinha andado muito tempo senão eu ficava muito longe da praia e tinha sempre que voltar nadando, puxando a prancha e a vela, o que não era lá muito divertido e já tava cansando. Quando comecei a treinar para o desafio final, rapidamente o povo percebeu que eu não estava dando conta e veio ajudar :D Dessa vez foram explicações detalhadas dos movimentos, "Bra!" a cada tentativa ligeiramente melhor que a anterior, e até algumas demonstrações! Depois de muitas exaustivas tentativas, o máximo que eu consegui foi ou dar a volta completa com a prancha e perder o equilíbrio e o controle da vela ou só dar meia volta na prancha e ser carregado pelas ondas, daí eu me dei conta que já deveria estar tarde (ainda tinha que tomar banho, arrumar a mochila, almoçar com o povo e ir pra cidadezinha mais próxima pegar o último ônibus pra Estocolmo!) e me contentei em não conseguir realizar completamente só a etapa final :P Mas foi muito divertido tentar! Hehehe. Depois a melhor parte foi eu chegar falando "É, não consegui fazer a volta direito..." e a resposta "Você chegou ao ponto de tentar fazer a volta!?!". O Björn ainda me disse que geralmente na primeira tentativa nego cansa em vinte minutos e desiste antes mesmo de conseguir andar dois metros pra frente. É rapaz, sou brasileiro e não desisto nunca :P

Bom, este post já está bastante longo, serei mais sintético daqui em diante!

No sábado nós ungdomar fomos prum bar na cidadezinha mais próxima bater papo och drickar öl. Alguns dias estava meio chuvoso, mas quando dava sol estávamos na praia. Sempre saíamos pra um passeio na orla, vendo o mar e raukar, ou pelo bosque, catando blåbär no caminho.
Já tinha ouvido falar, mas ainda não tinha vivenciado: algo que os suecos realmente amam fazer é ta en fika. Isso se resume basicamente a tomar um café ou chá, talvez comer algum quitute (hummm kannelbullar!), e jogar conversa fora. Várias vezes a gente foi pra cidadezinha única e exclusivamente pra ta en fika, mas em casa também a toda hora alguém está lá fervendo água pro chá.'
Enfim, foi muito bom em Öland! (Se alguém estava se perguntando o significado do título do post, taí!) Depois de algum tempo morando sozinho por aqui, foi bem aquele sentimento de estar em família. E saí de lá com convites para ir a Göteborg e Lund. Provavelmente serão minhas próximas viagens na Suécia!!

-x-

Finalmente terminei o post. Vi ses!

4 kommentarer:

  1. João, vai naquele museu que tem um navio que tiraram do mar, este navio é bem antigo e bem bonito, e estava debaixo do mar por anos...mt famoso ai em estocolmo, não sei se vc ja ouviu falar!
    Ja foi na famosa loja da Ikea!? hauau, decorava a minha casa em Milano com essa loja barata sueca, pena que não tem aqui no Brasil.
    Abraços do primo,
    Eduardo Di Paolo

    SvaraRadera
  2. reforço o post do seu primo: vá na ikea e seja feliz =]

    SvaraRadera
  3. ah, mas pense em como vai carregar tudo que você comprou... atravessar cidades com 60kg de móveis não é fácil. Experiência própria!

    SvaraRadera
  4. Curiosidade do dia: o que seria "Bra!"?
    Other than that, QUE BUCÓLICO seu passeio pelas cidadezinhas da Suécia! :)
    Aliás, no caminho pro estágio hoje, bem vi uma moça com uma camisa escrito SWEDEN bem grande! Lembrei de você! :D

    SvaraRadera